1 de outubro de 2008

Corpóreo

Fiz para ele, inevitavelmente.

Corpóreo

Nos caminhos tortuosos,
Sinuosos, entorpecentes,
Teu corpo me aflora,
me desvela, me desmente
Nomina minhas taras
Minhas caras, minhas falas
Descobre meu corpo
Meus males, meus medos,
Meus seios, meu pior,
Meu melhor e meus meios.
Ecoa no fundo,
no surdo, no toque
Altéreo e Estático
Penetra e retumba
no brado, no braço,
no grito, no seco.
Beija e transpassa
Transcende, atravessa
O gozo no fim.
O amor. A promessa.

5 comentários:

Tatiana disse...

Corroborando o comentário de uma das comadres na comunidade: 'tá se entregaaando! ;)
Acho ótimo.

Paula Mariá disse...

Mas ficou lindo demais.
Amor concreto, efetivado, transcedendo o ideal.
E o título foi MARA :)

Tatiana disse...

Só queria te dizer que é coisa linda desse mundo ler o que você e a Paula escrevem. Eu nunca soube fazer poesia e admiro ambas profundamente.

Anônimo disse...

Minha linda,eu poderia escrever que os versos são lindos.Mas isso é pouco. Gabi, você está em ebulição, os versos latejam. Quando Eros abraça Apolo, é preciso vinho para se deixar ser engolido. Simplesmente vertiginoso.

Anônimo disse...

Muito boa! Quem me apresentou seu blog foi a Gabrela da UTI-VIDA.