26 de novembro de 2009

Gare du Nord

E lá venho eu de novo com ótimas notícias!

Este blog me dá sorte. Desde a sua criação sempre tenho coisas boas para contar aqui. É claro que algumas tristezas também me abateram durante a existência dessa página, mas essas eu guardo para mim.

O que tenho para contar hoje é que terei mais dois trabalhos publicados. Estou feliz demais! Outro conto meu sairá em coletânea, dessa vez pela EdUFF (Editora da Universidade Federal Fluminense). Fiquei muito satisfeita pela classificação com o conto, mas confesso que fiquei ainda mais contente porque também fui uma das vencedoras na categoria Poesia. Pela primeira vez terei um poema publicado em livro e a primeira vez, a gente nunca esquece. Segue então o meu poema vencedor, uma singela homenagem à cidade Luz, tantas vezes contada e cantada.

Quem vai a Paris e não se sente artisticamente tocado, não tem coração.




Gare du Nord


Agora desejo partir-me ao mundo
Procuro perder-me entre as estações
Por entre calçadas, homens, nações
Quero o distante, o presente, o profundo

Vou contorcer-me nos ferros dos trilhos
Tantos ferros retorcem na cidade
Deixo na “Gare” o resto de saudade
Adeus ao país, ao passado, aos filhos

No vagão das viagens, vivo só
Não tenho endereço a que me escrevam
Esqueço-me acompanhada de impressos

Apanho o T.G.V. na Gare du Nord
Acerto entre caminhos que se erram
Sem raízes, só me prendem os versos

11 de novembro de 2009

Poema inacabado

Bem, uma postagem por mês é quase bom para quem não tem escrito muito.
Minha produção poética anda em baixa e, coincidentemente, estou com várias idéias para escrever prosa. Há pouquíssimo tempo atrás isso era impensável pra' mim.

Eu sou meio atrasada virtualmente e só ontem resolvi criar uma conta no Twitter. É interessante, embora eu ainda não saiba usar direito. Aos twitteiros de plantão, o endereço é twitter.com/datilografia .

Poema Inacabado

O meu amor é daqueles não definidos
Isso para amor é qualidade
Tudo que é definido
É limitado.
Meu amor é como pena voando no papel
A pena quando vai pro papel não voa
Voa mais do que deveria
Meu amor é vento no rosto
É brinquedo novo de criança nova
É cheiro de mato na viagem
É canção bonita em Dm.
E apesar de tudo isso
Para minha ironia
Não consegui até agora
Definir o meu amor
Ainda bem
Isso para amor é qualidade.