11 de maio de 2011

Como eu queria escrever qualquer outra coisa que não teoria. Ando divagando sobre obras pretéritas de escritores portugueses que privilegio na minha dissertação de mestrado. Será que um dia escreverão sobre algum poema meu? Gostaria que escrevessem. Não por uma vaidade, mas uma curiosidade em saber o que teriam as pessoas a dizer.

O poema que publico hoje é o primeiro sem título. Já tentei colocar mais versos nele, mas nunca consigo. Talvez deva deixar assim. Talvez mude um dia. Talvez eu esteja enfrentando um bloqueio criativo. Talvez.



Minha vida é um partir profundo
Um mergulho de alma do tamanho da morte
Uma passagem comprada para qualquer parte
Farelo de gente jogado no mar

O descuido profético recolhe uma sombra
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Um passo sensível ao significado zero

Minha vida é uma viagem
de ida